quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Infortúnio Destino


De todas as espécies de animais, com toda certeza a mais fiel é o pingüim. Há espécies de pinguins cujos pares reprodutores acasalam para toda a vida, eles mantém a mesma parceira até os seus ultimos dias e caso um dos dois morra ou fique doente, o parceiro é capaz de adoecer ou até morrer junto. Mas não para por ai, o pinguim tambem é a espécie entre todos os animais, que tem o maior numero de rituais para o acasalamento, em um deles o macho pra conquistar a femea, procura em todo litoral a pedra mais bem polida e bonita. Quando achada a tal pedra, ele vai até a femea e a deixa aos seus pés, como um presente, uma aliança.
Após o acasalamento, a fêmea põe um único ovo, mas quem cuida é o macho, a fêmea vai atrás de alimento e ele o mantém aquecido com o calor do seu corpo. Acho que não é só na natureza dos pingüins que a fêmea tem tamanho “poder”. Saindo um pouco do momento Discovery Channel, vemos que algo tão fácil pra um animal irracional, chega parecer impossível aos nossos olhos. Raríssimas são as relações que se mantém por toda a vida e mais raro ainda é a fidelidade entre os seres humanos. Somos tão infiéis, mas tão infiéis que às vezes traímos a nós próprios, nos contradizemos. Logo, nunca diga nunca, pois o nunca sempre acontece um dia. Traímos por carência, aventura, uma tentativa de fuga da monotonia, não que não amemos nossos companheiros e pessoas próximas, mas é da nossa natureza. Se não consumamos o ato, pelo menos pensamos, desejamos, sonhamos e por não ter feito presumimos que estamos isentos de culpa, como se só o ato fosse o crime, porém desejar, desejar é permitido, porque ninguém pode julgar seus pensamentos, a não ser Deus, mas esse ai é camarada e guarda bem segredos, pelo menos até o nosso julgamento.
Mas e quando não temos a sorte dos pingüins, ou seja, podemos até achar nosso companheiro pra toda vida, entretanto por motivos do turvo destino, não podemos ficar juntos. Como se Deus nos fizesse aos pares, contudo nunca poderíamos ficar perto um do outro por muito tempo, pois seria autodestrutivo para ambos. E por amar incondicionalmente, preferimos manter distancia e deixar nosso amor partir e ser feliz sem você, mesmo sabendo que a verdadeira felicidade seja ao seu lado. Como semideuses que tem seus poderes divinos separados, mas juntos se tornam meros mortais e enfraquecidos pelo amor. Injusto? Pode até ser, todavia isso mostra como o amor é complexo, visto que por amar deixamos nossa felicidade de lado pelo bem do ser amado, e esse é o verdadeiro amor, é o bem querer.
É nesse curto espaço de tempo em que você está ao lado desta pessoa, que consegue acumular eternas lembranças, poucas é verdade, mas que causam imensas saudades. Como o protagonista desta crônica, desengoçado, estabanado, engraçado com seu jeitinho de andar em que mal consegue se manter em pé. Momentos mágicos ao lado do nosso pingüim, que dentro d’água se transforma, com sua destreza e movimentos de pura leveza, nos deixando encantados com os mesmos.
Quando tiver esse temeroso destino, não se apavore apenas curta o máximo que puder ao lado de quem se ama, aproveite cada minuto e faça valer à pena. E se realmente tiver que acontecer ela irá voltar, porque mesmo que tal pessoa seja proibida pra você, que tudo dê errado. Não desista. Aguarde o seu momento e como na musica, se pergunte:
- Se não eu? Quem vai fazer você feliz?



Gabriel Hildenbrand

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