quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Hermanos Way Love


Cara valente de máscara negra.
Cara estranho e pouco carinhoso.
Quero liberdade, mas não sem ter você

Numa manhã da janela da minha casa pré-fabricada,
Avistei a flor, num horizonte distante
De onde vem à calma com o ritmo da chuva.

Os pássaros emitiam tanto amor nos cantos,
Que em onze dias fiz minha despedida.
Partindo em busca de ser feliz, de ter alguém pra mim.
Fui além do que se vê, sem achar esse outro alguém.

Cara valente de máscara negra
Cara estranho e pouco carinhoso
Quase sem querer fiz a descoberta da minha primavera.

Tenha dó, pois viver tão sozinho é de lagrima
Lágrimas sofridas eram tantas que fez-se mar
O vento guiava, sentia o mundo aos meus pés

Naveguei na maresia com dois barcos velhos e acabados
Em um, só meu coração, ou o pouco que sobrou dele,
No outro o resto de mim, com dúvidas e traumas.
Deixa estar, do jeito que vou, encontrarei meu amor.

Cara valente de máscara negra
Cara estranho e pouco carinhoso
Quando eu digo que somos dois em um, creia.

Num sábado morto, mais uma santa chuva
Minhas esperanças de lhe ter já se extinguiam
Contudo a vi numa alta rocha, única e soberba.

Não sabia seu nome, mas pouco me importou,
Podia ser Aline, Carol, Melissa, Gabriela,
Anna Julia, Bárbara ou até mesmo Lisbela.
Minha felicidade ressurgia com aquela linda flor.

Cara valente de máscara negra
Cara estranho e pouco carinhoso
Ainda é cedo pra um bom dia, pois todo carnaval tem seu fim.

Comecei numa conversa de botas batidas
Puxei assunto, pra falar de amor em seguida
Proferi o amor de Romeu e Julieta, para ver se cola

Finalmente tinha achado a outra parte que me faltava
Consegui convencê-la a vir comigo asseverando:
-Veja bem meu bem, vou tirar você desse lugar, vambora!
Colhi minha bela flor e trouxe comigo na volta pra casa.

Cara valente agora sem máscara
Cara estranho que aprendeu a dar carinho
Não mais um Pierrot, chega de fingir na hora de rir.

Hoje sentimental, o coração voltava a bater
Era um sapato novo, como todo começo de relação
Sobre o tempo amaciado se torna perfeito, mas cômodo demais

O tesão foi-se com os ocasos e virou um amor sem paixão.
Uma vida medíocre como à de alguém na condicional
Torce pra noite não vir, pois sabe o que te espera em casa
Um troço seco e aguado, não a comida e sim o amado

Cara covarde de máscara negra
Amor estranho e sem carinho
Minha vida era um cinema mudo, chata à palo seco.

Apaixonou-se pelo primeiro e sétimo andar
Escolhe o velho e o moço pra se deitar
Eu fecho os olhos, como criança com raiva de quem sabe

Afinal procurei aquela flor, logo eu era o erro
Do lado de dentro nem ciúme eu sentia
Preferia ter do meu lado minha Morena
Que voltar a aquela vida cheias de problemas

Um cara, apenas um cara.
Adeus você, minha flor, pois assim será
Cansei de me magoar e se fiz o mesmo me perdoa
Sabemos que não somos mais um par

Permitimos nossa afeição se evaporar
Nossa vida agora geométrica, como esquadros
Sem harmonia para mais uma canção
Que venha o inverno e deixa o verão

Você sempre será meu ultimo romance.
Como a fênix, sei que um dia vamos voltar
E assim poderei dizer a minha bela flor:
- Sofri, chorei, lutei, quase perdi, porém o mundo dá voltas.
No final me juntei a ti, conquistando teu amor. Fui o vencedor.




Gabriel Hildenbrand

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